A temporada de vestibular está chegando, e uma matéria de grande importância deve ser abordada com mais cuidado e atenção: qual o melhor modo de se estudar as principais obras poéticas cobradas em vestibulares?
Recentemente, as instituições Fuvest e Unicamp fizeram divulgar a relação de obras literárias que são leitura obrigatória para o próximo vestibular. Junto aos exercícios em matérias como química, física, história e demais disciplinas práticas, as expressões artísticas literárias são de extrema importância para a vida do estudante. Toda literatura, seja um romance, um conto ou uma poesia, por exemplo, estão abrindo a mente dos jovens para as possibilidades que o mundo oferece. Uma obra literária preenche o imaginário e o vocabulário de toda pessoa que a lê com vontade.
Entretanto, por falta de hábito e interesse, as listas de obras literárias em vestibulares assustam muitos estudantes, embora os livros sejam de extrema importância. Mas, essa apreensão pode ser aliviada com dicas muito simples de disciplina de leitura, e de orientação sobre a lógica das modalidades de textos literários.
Para o Vestibular de 2021 a relação de obras de poesia que são cobradas pela Fuvest e na Unicamp são as seguintes:
Para a Fuvest são as seguintes:
– Poemas escolhidos, do autor Gregório de Matos;
– Claro Enigma, do autor Carlos Drummond de Andrade;
– Romanceiro da Inconfidência, da autora Cecília Meireles.
Para a Unicamp são os seguintes:
– Sonetos escolhidos, do autor Luís de Camões
– Sobrevivendo no Inferno, álbum musical do grupo Racionais MCs.
Sobre a preparação para a compreensão:
Diante do atual panorama brasileiro, com as dificuldades comuns à juventude, e as variadíssimas distrações no dia a dia, qual seria a alternativa ou as alternativas para manter uma disciplina de estudos, leituras e interpretações dos conteúdos dos livros, para se responder o mais precisamente as questões?
De acordo com o que alguns professores na área de Literatura explicam, as questões versando em conteúdos de poesias exigem de cada estudante percepção dos estilos, da lógica do imaginário poético de cada autor e, por fim, a interpretação do texto. A meta dos vestibulares, em quaisquer faculdades, é a aferição da capacidade de cada aluno de captar o sentido de cada poema, pelo estilo e intenção do autor.
É muito importante fazer observar que a poesia constitui a base de quatro camadas de discursos. A poesia mexe com a imaginação, sendo o ponta pé inicial para a compreensão a realidade. Depois da poesia temos o discurso retórico, em seguida a dialética e, por fim, a própria lógica da realidade. O papel da poesia é preparar a inteligência para a compreensão da realidade.
Por ser uma linguagem subjetiva, o leitor, o estudante, precisa treinar a sua capacidade de tornar-se, por assim dizer, íntimo do poeta que lê.
Para estabelecer um bom e simples método, em uma sequência de decifração e interpretação de textos poéticos, pode se seguir o seguinte esquema:
A preparação para resolução de questões de interpretação de poesias pode começar pelo mesmo tipo de avaliação espontânea que se faz de textos de outros gêneros, por exemplo, uma questão de raciocínio lógico, na qual o estudante precise avaliar uma situação hipotética, que envolva números, objetos e pessoas, será necessário pensar em cada um desses elementos separadamente, em uma abstração, para recombinar os mesmos e tentar chegar à solução que a questão pede.
Com um texto poético será o mesmo. Por exemplo, em um soneto de Camões, o estudante poderá começar por uma espécie de mapeamento do texto, isolando palavras que o autor associe com o sentimento do amor, que pode ser ‘flor’, ‘coração’, ’dor’, entre outras, para pescar o sentimento específico que ele expressa nos versos. Tentar entrar na intimidade do autor, não importando se é um autor vivo ou já falecido há séculos. Os sentimentos de amor são universais, como muitos outros.
Exatamente como em uma questão de raciocínio lógico, em que o vestibulando precisa se imaginar na situação hipotética, na análise de um texto poético, o aluno precisa tentar se imaginar conversando com o autor, tentando aprender com ele.
O principal é a disciplina da leitura ativa, da leitura que se faz para compreender o sentido de um texto, de mapear o mesmo e capturar o seu sentido, como se captura uma paisagem numa foto.
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